(c) Alice Geirinhas, 2007. Publicado no Underworld, antigo blog da artista, na sua campanha pessoal a favor da despenalização da IVG
(c) Jorge Silva, 1988. Ilustração originalmente publicada no semanário O Jornal, para uma crónica de Francisco Louçã
[25 JAN 2016]
Un Diable, in Dictionnaire Infernal, J. Collin De Plancy, Le Livre Club du Libraire, 1963
No dia imediatamente após a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa, quando Cavaco Silva tornou públicos os vetos às deliberações legislativas relativas à reposição dos direitos plenos de adopção por casais homossexuais e à anulação, para a IVG, da obrigatoriedade de sujeição a uma consulta de psicologia e do pagamento das taxas moderadoras anteriormente aditadas à lei e aprovadas pela legislatura PSD/CDS – ambos diplomas entretanto votados por maioria qualificada no parlamento. Os diplomas voltam agora à Assembleia da República para serem de novo votados, após o que serão automaticamente promulgados. A negação do Presidente da República cessante em colaborar para o desenvolvimento do livre-arbítrio responsável e em participar na construção de uma sociedade cujo Estado acautela os direitos das minorias e das crianças privadas de família, marca repulsivamente os seus derradeiros dias em funções presidenciais. Mas também o fim do chamado cavaquismo: regime a que deu o nome, voz, gás, e pelo qual deu a cara durante décadas. Não deixará saudades, muito pelo contrário. Representa as piores e mais endémicas forças de bloqueio da sociedade portuguesa: o moralismo, o provincianismo e o autoritarismo, responsáveis pelo défice de desenvolvimento ético, cívico e pluralista dos cidadãos portugueses.]
Outros diabos, representando o que mora no espírito e no coração de Cavaco Silva, aqui.
[27 JAN 2016]
Isto é: A ABERTURA DE ESPÍRITO NÃO É UMA FRACTURA DO CRÂNIO.
Ainda a propósito de Cavaco Silva e do País que representa. Lembrando, também, a célebre formulação que antigamente afirmava que os exilados portugueses (emigrados esfomeados ou refugiados políticos) iam “abrir a cabeça lá para fora”.
[29 JAN 2016]
Ernesto de Sousa com Carlos Gentilhomem, 1971
Composição gráfica para o projecto Almada Um Nome de Guerra. Cartaz em serigrafia a partir de excertos do Ultimatum Futurista (1917) de José de Almada Negreiros. A pensar na Europa e em Portugal nela (para dizer a UE), durante os dias do primeiro grande embate do governo liderado por António Costa (com o apoio da maioria parlamentar de esquerda que o viabilizou) com aquilo que passou a designar-se por realidade. Fazendo eco com Almada para com ele declarar que «é preciso criar a pátria portuguesa do século XX[I]», empreitada para a qual se necessita essencialmente de «homens e mulheres da [sua] época», capazes, também, de «insultar o perigo» e de se atirar «prà glória da aventura» que é defender e fazer defender na UE os direitos e anseios do povo português. E quem diz a pátria portuguesa, diz a Europa do século XXI.
[02FEV2016]
(c) Rui Silvares, 2008. Joe Índio vs Tom S.I.D.A. Acrílico sobre papel, 50x65cm, evocando as personagens de banda desenhada criadas por João Fonte Santa para os fanzines Facada Mortal e Joe Índio.
[07 FEV 2016]
(c) André Letria, 2013
A propósito do que se prepara nos bastidores do PSD e de um slogan da esquerda de que agora se apropria, para tentar defender uma ideia de social-democracia que o PSD no poder desde sempre desonrou, em favor do liberalismo e da empresarialização do País. Nem todos temos serradura no lugar na memória.
[13FEV2016]
(c) António Jorge Gonçalves, 2015. Originalmente publicada no Inimigo Público. Evocando os dias em que Wolfgang Schäuble lançou novo e feroz ataque a Portugal, por causa do orçamento de Estado apresentado pelo Governo de António Costa.
[19FEV2016]
(c) António Jorge Gonçalves, 2010 | Polícia financeira
[26FEV2016]
(c) João Fonte Santa, 2013 | Presidente Cavaco Silva
A imagem teve origem numas tatuagens de uns diabos que Fonte Santa desenhava nas mãos das suas filhas, cujos rostos certo dia descobriu serem sempre o mesmo: o de Cavaco Silva! Integra um diário que o artista começou a fazer em 2000, de que resultou um conjunto de mais de cem desenhos, expostos em 2014 na Plataforma Revólver, e de que se fará em breve um livro. Cavaco Silva termina o seu mandato como Presidente da República no próximo dia 9 de Março.
[02MAR2016]
Despedimo-nos de Cavaco Silva (e de tudo o que representou) com um countdown diário – assinado por José Xavier Ezequiel – até ao dia final do seu mandato como Presidente da República, no próximo dia 9 de Março de 2016. A uma semana desse dia glorioso, publicamos mais uma imagem de uma longa série de visões iconográficas do regime cavaquista de má-memória. Imagens que jamais poderão ser esquecidas (apesar do endémico desmemoriamento do povo português). Título desta entrada do countdown: Mariajoana
[06MAR2016]
(c) Pincel | Cavácuo Mixed media
[09MAR2016]
(c) Céu Guarda | Marcelo Rebelo de Sousa fotografado em 1990
No dia em que Marcelo Rebelo de Sousa se torna Presidente da República portuguesa. Um retrato à boa velha maneira estética de O Independente nos comecinhos dos anos 1990.
[11MAR2016]
(c) Sérgio Lemos
[12MAR2015]
(c) António Jorge Gonçalves
[19MAR2016]
(c) António Jorge Gonçalves
Uma boa imagem para a Lisbon South Bay. Lisboa e a sua margem sul à venda em Cannes.
[27MAR2016]
No Dia Mundial do Teatro, as traseiras do Teatro Azul (Manuel Graça Dias e Egas José Vieira, 2005), em Almada. Integra a Rede Nacional de Teatros e Cine-teatros municipais. Fotografia de Sarah Adamopoulos.
[29MAR2016]
A capa do jornal Público de hoje. No dia em que na Assembleia da República de Portugal foi chumbado o voto de condenação da repressão em Angola, com o PCP a votar ao lado do PSD e do CDS contra o voto apresentado pelo Bloco de Esquerda, e o PS a abster-se (com excepção de sete deputados socialistas). Mais aqui.
[09ABR2016]
(c) Rui Silvares — “Silêncio”, 2014, técnica mista (colagem, acrílico, spray, pastel de óleo, marcadores). Para evocar todos os silêncios, e muito particularmente os que se adensam debaixo do tapete da História das relações políticas e económicas entre a Europa e os Estados Unidos – mas nem só, claro.
[18ABR2016]
A propósito da situação no Brasil
[25ABR2016]
[28ABR2016]
Uma parede em Lisboa, pela tarde
[09MAI2016]
(c) António Jorge Gonçalves 2005 (de uma série de desenhos sobre Cidades e Cidadania)
(c) Alez Gozblau
31 de Agosto de 2016. Destituição completamente anti-democrática no Brasil
O Mundo: a grande empresa de Trump
(c) João Fonte Santa
«O deus Moloch devorando os recursos económicos da nação»
Na vitória de Donald Trump
09 Nov 2016
7 de Maio 2017
Presidenciais em França. Na vitória de Emmanuel Macron contra Marine Le Pen, um retrato de Boris Vian evocando não apenas semelhanças físicas mas sobretudo a Patafísica – ciência das soluções imaginárias, a que Macron terá sem dúvida de recorrer para mobilizar os democratas franceses em torno do seu projecto centrista e liberal, só aparentemente desalinhado
Catalunha: políticos presos ou presos políticos, a mesma coisa: repressão da própria política, que no entanto é (e será cada vez mais) a arte do diálogo
7 de Novembro 2017
(c) Alice Geirinhas
Natal 2017. “Jesusa”, por Alice Geirinhas – criado para o livro Fado Menor (Sarah Adamopoulos, 2005)
Fevereiro de 2018. A propósito do Brexit e das suas implicações :)
(c) Vasco Gargalo
14 de Março de 2018, Rio de Janeiro: assassinato da socióloga e vereadora do partido PSOL Marielle Franco (1979-2018), activista pelos direitos humanos, nascida e criada no complexo de favelas da Maré. Marielle Franco integrava desde há semanas uma comissão de investigação sobre as práticas da polícia militar e outras forças a actuar na área da intervenção dita de segurança
(c) Rui Silvares
Na semana em que a Direcção-Geral das Artes exclui parte considerável de «um sistema teatral que levou décadas a estabelecer»